O Vegetarismo
e a Moralidade das raças





Composição e impressão
--Emprêsa Gráfica «A UNIVERSAL»--
DE FIGUEIRINHAS & MOTA RIBEIRO, L.DA
--Rua Duque de Loulé, 111--Pôrto--


9.o volume da
Biblioteca Vegetariana

Dr. Jaime de Magalhães Lima

O Vegetarismo
e a Moralidade das raças

--Notavel Conferencia realisada no
ATENEU COMERCIAL DO PORTO
em 14 de Junho de 1912---------





1912
SOCIEDADE VEGETARIANA--Editôra
393, AVENIDA RODRIGUES DE FREITAS
PÔRTO

O vegetarismo e a moralidade das raças

I

Tem os seus pergaminhos o vegetarismo. Não é uma doutrina nascida deontem. Tem títulos autênticos de nobreza prolongada durante gerações semnúmero, respeitada nas mais altas civilizações em cujas superioresaspirações colaborou, definindo-as eloquentemente pela voz das suas maisbelas e autorizadas individualidades e corroborando-as ardentemente peloexemplo dos seus mais devotados apóstolos.

Sem nos afastarmos da nossa propria civilização, sem sairmos d'este fócode cultura chamado o ocidente da Europa onde nos criamos e onde osnossos mais remotos avós se criaram e educaram, legando-nos um espóliode sentimentos e ideias que constituem toda a nossa alma e que noscumpre cultivar e aperfeiçoar para o transmitirmos aos nossos filhosacrescentado em formosura e benefícios, emendado, corrigido e depuradoem seus vícios e insuficiências; dentro dêste círculo devéras estreitorelativamente aos largos espaços em que fóra dele outras raças e outrascondições naturais formaram sociedades que igualmente engrandeceram ehonram a humanidade pelas concepções da vida que realizaram e de queforam veiculo e sublime instrumento no mundo; limitando-nos à exíguamancha do globo que é o nosso berço e o nosso lar e fazendo-o, nãoporque além dele não conheçamos corações iguais aos nossos, vivendo domesmo alento, crentes [6] na mesma fé e enamorados da mesma elevação massómente porque para o fim muito restrito que neste instante temos emvista convêm não distrair a atenção do que de mais nos toca e por issoserá mais claramente demonstrativo: neste cantinho que acendeu seusfachos de luz em volta do Mediterraneo e de lá a fez irradiar atravésdas montanhas até aos mares do norte, o vegetarismo foi e é uma dascaracteristicas do zenit moral das civilizações, e como tal o aceitaram,proclamaram e praticaram os gênios que mais fundamente as compreenderame mais brilhantemente as serviram.

O reconhecimento deste facto é hoje uma verdade corrente. O maisrudimentar estudo do vegetarismo não deixará de o apontar. Por certosomarão milhões as folhas impressas em que se encontram os nomes devegetarianos que foram na história dos povos da Europa como signais dasua grandeza e juizes e farois do seu tempo e dos tempos futuros. Masnem é justo que se invoque o seu valor moral sem lembrar os que por umasublimada inspiração no-lo mostraram, nem tão pouco seria prudente que,sómente porque uma verdade se tornou indiscutivel e porventura banalentre homens cultos, deixássemos de a repetir tão inumeráveis vezesquantas necessárias fossem para que ela se propague e produza todos osbens que só pela sua larga disseminação poderá produzir. E ovegetarismo, tendo já os seus altares e o seu heróico punhado de fieisem todos os paises que atingiram a sensibilidade moral e religiosa, está

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